Curva ABC: entenda como utilizá-la na gestão de estoque
Você sabia que identificar os produtos mais estratégicos no seu negócio pode fazer toda a diferença para aumentar o seu faturamento? Ter um controle de estoque preciso e sem falhas é muito mais simples do que parece. Para isso, você pode contar com uma ferramenta bastante útil que visa a aumentar o desempenho da sua empresa: a curva ABC.
Esse conceito permite que os gestores analisem e categorizem os produtos mais vendidos e lucrativos do negócio para montar um estoque eficiente. A partir dessa metodologia, é possível dar a atenção necessária a cada mercadoria, evitar desperdícios e investir melhor o dinheiro da companhia.
Pronto para descobrir como a curva ABC pode transformar a sua organização de estoque de uma vez por todas? Então, continue acompanhando!
O que é e como funciona a curva ABC?
Você já deve estar cansado de saber que o excesso ou a falta de produtos em estoque prejudica a sua empresa. O excesso de mercadorias faz com que seu dinheiro fique parado enquanto poderia estar sendo utilizado em outras frentes do negócio. Já a falta faz você perder oportunidades de venda, gerar menos receita (por ausência de estoque) e abrir caminho para o concorrente.
É aí que entra a curva ABC: como um método de gestão, ela categoriza cada produto armazenado no estoque em uma das três classes de importância financeira (A, B ou C), a fim de controlar a quantidade de itens disponíveis à venda e proporcionar mais lucro à organização.
Assim, essa ferramenta, também conhecida como Análise de Pareto, tem como principal objetivo classificar e agrupar os produtos de uma empresa de acordo com sua relevância na geração de mais receita e lucratividade.
Nesse sentido, a curva se baseia em uma constante matemática aplicável, via de regra, a todo e qualquer tipo de empresa, independentemente de seu segmento ou porte: 80% da lucratividade de um negócio é proveniente de 20% de seus produtos ou clientes. Com isso, o método separa os itens do estoque em uma das três classes existentes:
Classe A
Representa uma pequena porcentagem de produtos que são responsáveis por uma alta parcela do lucro da empresa. Normalmente, apenas 20% dos itens são classificados nesse grupo, que representa 80% do faturamento do negócio.
São os itens mais importantes, visto que sustentam as finanças do negócio. Assim, por exemplo: imagine que uma empresa de calçados realize mensalmente a venda de 8.000 itens, gerando um total de R$ 80.000.
Considerando a fórmula 80/20, somente 1.600 calçados categorizados como classe A garantiram a entrada de R$ 64.000. No entanto, vale ressaltar: o registro de vendas da quantidade de cada produto disponível no estoque e os valores praticados devem ser adequadamente relacionados para que essa computação seja viabilizada.
Classe B
Aqui, entram os 30% dos produtos categorizados, que chegam a simbolizar 15% de todas as vendas. Por esse motivo, esses itens influenciam, de modo intermediário, nas finanças do negócio.
Assim, utilizando o mesmo exemplo citado acima, o número de calçados categorizados como classe B corresponde a 2.400 itens, sendo que sua saída implica na venda de R$ 12.000.
Classe C
Por último, aqui são representados os demais itens, que englobam cerca de 50% do estoque, mas com baixa rotatividade ou retorno financeiro para a companhia (algo em torno de 5%).
Assim, seguindo o exemplo da loja de calçados, 40.000 calçados representam a venda de somente R$ 4.000. Diante do baixo índice de retorno financeiro, são considerados como os itens de menor importância do negócio.
Todavia, vale ressaltar ainda que essas porcentagens podem ocasionalmente variar de empresa para empresa, conforme as sutilezas do mercado e fatores externos. Por isso, esse método deve servir como um parâmetro para o empreendedor, e não como uma regra engessada e absolutamente inflexível.
Como fazer a análise dos resultados?
O primeiro passo para montar a curva ABC é utilizar uma planilha — muito embora o uso de um software de gestão seja mais indicado, conforme razões que serão expostas a seguir. A partir disso, deve-se relacionar cada um dos seus produtos, o preço unitário, o total de vendas em um determinado período e o total arrecadado com cada produto. Para que seja correta, é preciso contar com os dados de todos os itens em estoque.
Com essas informações em mãos, você obterá o valor total de vendas realizadas dentro de um período determinado (semanal, mensal, semestral etc.), bem como o percentual de contribuição de cada mercadoria para esses resultados, como no exemplo dado anteriormente.
Assim, você deve checar quais são os produtos que representam a classe A, ou seja, aqueles que englobam cerca de 80% do faturamento do negócio, sem esquecer de identificar os itens que se encaixam nas classes B e C, que representam 15% e 5% das vendas em determinado período, respectivamente.
Pronto! Com essa avaliação, você consegue identificar quais são os itens mais importantes em seu estoque. Vale lembrar que, à medida que o número de itens e sua venda aumentam, maiores são os dados que precisam ser adequadamente relacionados e geridos.
Como um software de gestão pode auxiliá-lo com a metodologia?
Devido a esse aumento crescente de informações, o uso de planilhas do Excel, muitas vezes, pode resultar na apuração e avaliação equivocada desses e de tantos outros dados extremamente relevantes na gestão do negócio, como controle de Notas Fiscais Eletrônicas e de contas a pagar, geração de outros relatórios gerenciais etc.
Nesse sentido, gestores devem pensar na adoção de ferramentas profissionais capazes de fornecer respostas exatas e condizentes com a realidade da companhia, sem erros. Para isso, contar com o suporte de um software de gestão completo facilita todo o trabalho de análise da curva ABC com mais agilidade e segurança.
Além das facilidades promovidas pelas diversas funcionalidades disponíveis, o software Thotau oferece 4 versões para qualquer modelo de negócio, de acordo com as necessidades e orçamentos: Essencial, Profissional, Empresarial e Completo.
A versão Orion SNGPC também já está disponível para farmácias e drogarias, oferecendo todas as funcionalidades indispensáveis para a realização de movimentações de medicamentos, em respeito a todas as legislações específicas e exigências da ANVISA.
Como usar esses resultados para montar o estoque?
Os produtos da classe A, que são os mais procurados e com maior rotatividade, são aqueles que nunca podem faltar. Por isso, o ideal é manter uma atenção especial no monitoramento de saída dessas mercadorias para que as reposições sejam feitas com a devida antecedência e para que as reservas financeiras possam ser previamente obtidas, quando necessárias, evitando-se surpresas.
As mercadorias da classe A, além de gerarem receita, são os principais atrativos dos clientes até o seu negócio. Assim, se elas faltarem nas prateleiras da sua loja, o lucro no fim do mês será profundamente afetado. Por isso, esses produtos demandam atenção redobrada do gestor.
Os produtos das classes B e C não necessariamente devem sair do mix de vendas. Isso porque, mesmo sendo menos importantes (quando comparados aos itens categorizados na classe A), tais produtos podem aumentar a estabilidade da empresa e elevar o ticket médio dos clientes.
Por exemplo, imagine que você é dono de uma drogaria. Nesse caso, fraldas são produtos de classe A, já que têm bastante saída. Para aproveitar todo o potencial de compra do cliente que quer adquirir a fralda, você pode oferecer produtos correlatos, porém categorizados nas classes B e C, ou seja, com menor fluxo de saída, como mamadeiras, chupetas, lenços umedecidos etc.
Ao utilizar a análise da curva ABC, muitos empreendedores percebem que precisam mudar o mix base de seus produtos para que aproveitem todo o potencial dos seus clientes.
Quais são os benefícios desse conceito?
Reposição de estoque de acordo com a demanda
As análises da curva ABC servem como base para direcionar o setor de compras no investimento de capital para a obtenção de itens da classe A. Assim, a maior demanda dos clientes passa a ser mais bem atendida e a empresa não corre o risco de ficar sem produtos de importância elevada.
Redução de excesso ou falta de produtos
Essa ferramenta faz com que o estoque seja coerente à demanda dos clientes. Consequentemente, ela ajuda a evitar o excesso ou a falta de itens em estoque. Isso auxilia a empresa, por exemplo, a evitar perdas de produtos devido à perecibilidade ou à obsolescência.
Capital bem empregado
Outra vantagem clara de aderir à prática da curva ABC é que, graças a um sistema de compras eficiente, o capital de giro do negócio é mais bem empregado. Com isso, é utilizado somente nas operações realmente necessárias à empresa.
Assim, você pode aproveitar montantes que estariam “presos” em produtos obsoletos em estoque para investir em áreas que podem fazer a diferença para o crescimento da companhia.
Redução de prejuízos provocados por imprevistos
Esse método também auxilia na proteção de todo o estoque, conforme o grau de importância. Assim, por exemplo: imagine uma empresa de celular que vende smartphones e capinhas.
Considerando que os dispositivos eletrônicos são categorizados como classe B e as capinhas C, é mais interessante que a loja seja equipada com medidas de segurança contra situações inusitadas — como furtos, inundações etc. —, que guardem com mais cuidado aqueles itens com maior relevância financeira para a loja: os smartphones.
Em consequência, em caso de ocorrência desses imprevistos, a probabilidade de que os itens da classe B sejam prejudicados é bem menor, diante da atenção redobrada na guarda desses produtos, o que reflete em menores prejuízos.
A curva ABC é uma metodologia muito útil para todos os negócios, pois permite que o empreendedor categorize seu estoque de acordo com o valor de contribuição de cada mercadoria.
Essa prática ajuda a organizar o mix de vendas, empregar melhor o capital da empresa, aumentar o faturamento e, até mesmo, proteger melhor o patrimônio, reduzindo-se prejuízos na eventual ocorrência de situações inusitadas, como furto.
Para isso, o uso de um software de gestão pode facilitar todo o processo de análise e armazenamento desses dados, visto que, diferentemente das planilhas, os gestores conseguem obter índices de variação dos produtos em relatórios gerenciais com mais agilidade e segurança.
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